Por Edson Souza
Em 2012, a “Viela das Artes” surgiu como um projeto que uniu moradores, artistas e admiradores da cultura urbana em um mesmo propósito: transformar, com arte e cor, um espaço comum do bairro da Barra Velha — a pequena viela que liga as ruas Minas Gerais e José Carlos Siqueira.
Naquele dia, muros cinzentos se tornaram telas, e o que antes era apenas passagem virou ponto de encontro, convivência e expressão. Crianças, jovens e adultos participaram lado a lado, compartilhando pincéis, tintas e ideias, num gesto coletivo de criatividade e pertencimento.
Mais do que um evento artístico, o projeto reforçou uma mensagem essencial: grafite é arte, não pichação. Enquanto a pichação se associa ao ato de vandalismo, o grafite é reconhecido mundialmente como uma legítima manifestação cultural — capaz de valorizar espaços urbanos, retratar identidades locais e promover o diálogo entre gerações e comunidades.
Hoje, as cores já se perderam com o tempo, e as paredes voltaram ao seu tom original. Ainda assim, o espírito da “Viela das Artes” permanece vivo na memória coletiva de Ilhabela — como lembrança de um momento em que a arte de rua trouxe mais beleza, união e respeito à cidade.
Quem sabe, um dia, novas mãos e novas tintas devolvam à viela suas cores e sua voz? Porque a arte, assim como a comunidade, renasce sempre que há espaço para a expressão e o respeito.































































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